Eu não me recomendo, carrego uma criança em mim que sempre olha a vida pela primeira vez, cheia de dúvidas e alguns temores, e rindo na hora indevida, que detesta se explicar. Carrego uma velha dentro de mim que não se encaixa, que é meio saudosa e nostálgica, que gosta de alguns sumiços esporádicos. há também uma moça, que se emociona com textos, que acha que uma música pode mudar o dia. Mora também um homem que é prático, tem acessos de objetividade e frases impacientes; meio genioso. em mim tem uma outra criança, esta mais sonhadora que a outra, mais ingênua que a outra, mais otimista ainda. Às vezes, eles todos se encontram e fazem uma reunião que me deixa confusa. Debatem o mundo, escrevem textos, trocam olhares entre si, gargalham demais em mim. mas vão aflorando aos poucos, quando cada qual quer, quando os fatos cotidianos influenciam, quando tudo conspira para que surjam. há tantos meus em mim que você nunca saberá por certo quem sou eu.
Um comentário:
"há tantos meus em mim que você nunca saberá por certo quem sou eu."
gostei mesmo, talvez haja um pouco de você em mim ou de mim em você(?), pois me encaixo em absolutamente tudo que foi escrito.No final das contas, carregamos tanto, tudo, que nos tornamos quase um paradoxo confuso e ambulante.
Parabéns pelo blog, muito bom
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