domingo, 27 de setembro de 2009




Não se esqueça,

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Arrumar Tempo para Viver
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quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Surplus




O documentário “Surplus” lançado na Suécia em 2003 sob a direção de Erik Gandini, apresenta em seus 52 minutos de duração, a posição da sociedade contemporânea tomada pelo consumismo desenfreado, onde 1/5 da população mundial esgota 4/5 dos recursos do planeta terra e produz 86% de todo desperdício, e torna esse nível de consumo totalmente insustentável.
No curta-metragem, John Zerzan, um
anarquista norte-americano enquanto filósofo e escritor, é considerado um dos expoentes do anarco-primitivismo, pois é citado como “a mente por trás do movimento de danos à propriedade”. Violência, segundo o ideólogo ex-marxista, é permanecer em casa, inerte, alheio aos acontecimentos a sua volta. Pode parecer estranho num primeiro momento, mas não fazer nada para mudar o mundo não é mais violento do que destruir uma propriedade privada? Uma vez que o mesmo acredita que para salvar o mundo é necessário o retorno à idade da pedra e, a maneira de alcançar o objetivo se dá com a destruição da indústria. Será que Zerzan não seria uma espécie de personagem perfeita nas campanhas do Greenpeace? Contraditório, não?
Fixa-se a idéia de que as sociedades desenvolvidas não só devem buscar seu próprio crescimento e, sim, difundi-lo entre todos os países de forma justa e sustentável.
O filme segue apontando o fato da degradação ambiental gerada através das sociedades de consumo e, dentro dessa realidade, é notória a contaminação através de dióxido de carbono e gases nocivos lançados em nossa atmosfera constantemente em busca do desodorante aerosol perfeito, ou até mesmo quando um navio cargueiro despeja todo o petróleo em alto mar dizimando a vida marítima e, por que não mencionar o temido aquecimento global que surge com toda sua força desestruturando toda a natureza?
Contudo, a natureza é apenas um detalhe para George W. Bush, que prega com toda sua devoção o escudo contra o terrorismo que amedronta os cidadãos estadunidenses, gerando impacto na economia consumista americana.
Focando em outra configuração de sociedade, nos deparamos com o comandante chefe da nação cubana, Fidel Castro, com a bandeira do socialismo, já que seu país (sim, praticamente o mestre do jogo WAR), não promove práticas consumistas, nem realiza publicidades comerciais.
Em Cuba, os habitantes possuem uma cota de acordo com o sistema de racionamento que proporciona apenas o suprimento das necessidades básicas, fazendo da nação, a mais democrática e, a que mais coopera para que o planeta não seja aniquilado. Um exagero socialista ideológico e político.
Porém, essa não é a forma de vida ideal, fazendo referência a Tânia, uma jovem cubana que presta seu depoimento ao documentário, relatando sua viagem à Europa e a imensa vontade de Big Mac, supermercados com variedades de alimentos, artigos esportivos e, como sua pequena jornada transformou-se em um paraíso, já que a jovem estava cansada de possuir em seu cardápio nativo “feijão e arroz”, comparados à vida de um jovem europeu e seus 19 anos, com algum milhão ocupando sua poupança, mas não seu objetivo de vida. São as conseqüências de um mundo onde tudo pode ser comprado, até bonecas “de amor” para abastecer as relações pessoais.
O sistema atual impõe a idealização de felicidade em aliança com o consumo e tudo que ele proporciona.

Praticando alusão à Revolução Industrial possuímos presentemente nossa revolução tecnológica, que contribuía para a libertação o homem, diminuindo seu trabalho. Mas o que vemos é que agora somos mais escravizados, pelo celular, pelo computador, um meio de sociabilização, para nos tornar mais unidos em busca de ideais, descobertas importantes para o mundo e para a raça humana, troca incessante de informações e conhecimento, uma máquina que comanda nossa vida e não nos traz a possibilidade de abandonarmos o trabalho e, sim, vivermos em função dele. Somos trabalhadores 24 horas por dia. Alguma semelhança com os operários e sua jornada de trabalho, que variava entre 12 e 16 horas e que, mais tarde chegou numa totalidade de 18 horas? Ocorrerá novamente um êxodo rural e reurbanização acelerada como na Revolução Francesa?

Zerzan surge novamente exemplificando-se nos “profetas do passado”, como os franceses Joseph de Maistre e Louis Bonald e o inglês Edmund Burke, que censuraram a modernidade, garantindo ser o produto do homem alienado, carente de virtudes morais e espirituais.

Enfim, “Surplus” nos submete a uma mudança de paradigma, onde uma vida simples é satisfatória aos desejos humanos e, preservar o presente é a salvação.






domingo, 14 de junho de 2009

O que há em mim?


Tão pouco parece transcender de mim, uma crise, dentro de uma marquise, enxergo a vida toda passar diante dos meus olhos límpidos, buscando uma razão na qual, no qual, em quem, no que, não sei dizer ou soubesse se não fosse racional, passional, paradoxal.

A angústia me convida para um chá, ela não sabe que eu não gosto de chá, eu queria era dar chá de sumiço nela, mas meus pensamentos, com atrevimento e todos os elementos, não conseguem chegar, achar, andar, nem sequer abraçar uma única circunstancia, nem ao menos que fosse pequena, nem rezando uma novena, minha prece e meu pedido, seria atendido.


Ele obriga-me a pensar que estou abatida, deprimida, comprometida, entorpecida de falsos apegos.

Alias nada ultimamente me atrai, tudo me trai, distrai, contrai, não me vejo com aquela garra, que agarra, as coisas e as pessoas com furor, como se fosse um abafador, mesmo que amador.

Posso dizer por vezes que faço drama, no entanto não consigo nem decifrar um anagrama, muito menos um cronograma, das minhas tão lúcidas idéias. Minha mente lembra um rodamoinho de idéias desconexas, que não se encaixam em lugar algum, sendo ele comum, incomum, assim causando um zunzunzum, enlouquecedor, que nenhum aconselhador do mundo seria capaz de espantar ou abrandar os fortes gritos aos meus ouvidos.

Vejo-me num dilema, num problema tão grande que não consigo nem concluir um poema, não tenho concentração para nada, coordenação então nem se fale, uma hora é a emoção que sussurra, mesmo eu não dando abertura e livrando – me dela com doçura, ela me persegue, não nada ou tudo e olha que nem precisa de muito estudo, para dar apenas um basta. Pôr ela se faz de casta e no fundo não passa de uma cineasta, achando que pode me ludibriar, com seu truque e mesmo que eu retruque, ela altiva parece me desafiar.

Aceitar? Eu jamais, nasci para a razão que por vezes na vida da gente é um azarão, quem se importa, eu não ligo para o coração, de fato eu deveria dar mais dimensão a isso. E não dou. Pode ser apenas saudades, apenas verdades, que me faz assim tão confusa, reunindo todas as minhas faces, sem sequer pedir minha autorização, criando uma alusão, demasiadamente sem nenhuma afeição.

Estou tentando mesmo que numa tentativa infundada, nessa caminhada, procurando meu espaço novamente na coerência. Mesmo tendo ciência, que o mundo não é um mar de flores e nem composto de amores, que nos leva a infindável reflexão, temos que ter atenção, para que a aflição, não nos corrompa.

Sou Ana, uma pessoa mediana, que não engana, não sou de porcelana, sou apenas humana,

Às vezes insana, mas neste mundo quem não é?

Ainda bem que tudo é passageiro, levo no meu bagageiro, mais uma experiência, sem abrir o berreiro, sigo apenas o conselheiro, que diz Vá em Frente!!

Sendo assim, por fim, o que há em mim?

As moscas

Esse blog, anda as moscas mesmo, mas em breve voltará melhor.



Aguardem!!!

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

Vermelho.



De repente me deu uma vontade de você, Sim de você mesmo, parace não acreditar, mas é a mais pura verdade exclamada.
Vontade do vermelho que produz seus lábios, com sabor de belas frutas vermelhas ou o apimentado sabor de uma pimenta vermelha. Vontade do vermelho róseo que face tem quando envergonhado. Marcas avermelhadas por todo o corpo denunciando desejos, pernas e poder, na sua pretensão, nessa audácia em curvas cintilando a cobiça do teu olhar ofegante seduz ao fogo, sucumbindo-o ao coito como loucos, deliciando-se ao salivar sabor da mágica sutileza do vermelho. Ah vermelho simples cor primária, que encanta, arde, seduz, provoca. Sua tradução mais fiel seria vida, paixão, rubro, escarlate. Vermelho que pulsa nas veias, vermelho que bomba ar das respirações mais ofegantes provadas pelo intenso prazer. Vermelho que inflama num ramalhete de belas rosas, que apesar de seu nome Rosa, tem vermelho em sua essência, em sua alma. Assim como nós estamos cheios de vermelho pelo corpo todo, és tanto que podemos doar e até mesmo perder, jamais acabará, o Vermelho corre, multiplica, pulsa. Vermelho é traiçoeiro, engana, é infiel, iludi. Porque sabes que és apaixonante, que desperta, que conquista, de qualquer forma, chama a atenção, seja pelo ardor de seu fruto, pela sua casca que reluz, pelo seu pulso. Vermelho arranca suspiros , sorrisos e faces avermelhadas de raiva que consome por ter que dividi-lo, admirado por todos e provado por poucos. Vontade simplesmente de Você de VERMELHO.

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

O Urso e a Panela.


Um grande urso, vagando pela floresta, percebeu que um acampamento estava vazio, foi até a fogueira, ardendo em brasas, e dela tirou um panelão de comida. Quando a tina já estava fora da fogueira, o urso a abraçou com toda sua força e enfiou a cabeça dentro dela, devorando tudo. Enquanto abraçava a panela, começou a perceber algo lhe atingindo. Na verdade, era o calor da tina...

Ele estava sendo queimado nas patas, no peito e por onde mais a panela encostava. O urso nunca havia experimentado aquela sensação e, então, interpretou as queimaduras pelo seu corpo como uma coisa que queria lhe tirar a comida. Começou a urrar muito alto. E, quanto mais alto rugia, mais apertava a panela quente contra seu imenso corpo. Quanto mais a tina quente lhe queimava, mais ele apertava contra o seu corpo e mais alto ainda rugia.

Quando os caçadores chegaram ao acampamento, encontraram o urso recostado a uma árvore próxima à fogueira, segurando a tina de comida. O urso tinha tantas queimaduras que o fizeram grudar na panela e, seu imenso corpo, mesmo morto, ainda mantinha a expressão de estar rugindo.

Moral: Quando terminei de ouvir esta história de um mestre, percebi que, em nossa vida, por muitas vezes, abraçamos certas coisas que julgamos ser importantes. Algumas delas nos fazem gemer de dor, nos queimam por fora e por dentro, e mesmo assim, ainda as julgamos importantes. Temos medo de abandoná-las e esse medo nos coloca numa situação de sofrimento, de desespero. Apertamos essas coisas contra nossos corações e terminamos derrotados por algo que tanto protegemos, acreditamos e defendemos.

Para que tudo dê certo em sua vida, é necessário reconhecer, em certos momentos, que nem sempre o que parece salvação vai lhe dar condições de prosseguir. Tenha a coragem e a visão que o urso não teve. Tire de seu caminho tudo aquilo que faz seu coração arder. Solte a panela!

Autor: Desconhecido, recebi por email de uma pessoa querida.


domingo, 15 de fevereiro de 2009

Se todo mal fosse esse.




Se meus problemas fossem TPM eu dava piruetas, cantava, comia barras de chocolate e tudo estava ótimo! O problema é com o tudo e o nada! Tudo acontecendo e nada rolado! Respirando, respirando e respirando mais fundo pra aguentar aquele escritório. Suspirando, suspirando e suspirando e trancando o ar pra segurar o resto todo. E o nada, ah o nada tomando conta. Nada acontece, nada mais importa e nada mexe comigo. O nada das outras pessoas me deixando apenas com vontade de bater cabeças, inclusive a minha própria, na parede. Tanta, mas tanta picuinha. Tanta mesquinhez, que eu fico embrulhada. Lendo muito, não daqueles que te fazem pensar e se tornam aterrorizantes. Daqueles fáceis, bobos, que apenas fazem ocupar a mente. Os livros da série da Literatura Americana Convencional são ótimos. Já li todos, bons de ler, mas você não pensa em nada, não agrega nada, só ocupa e passa o tempo. Não to podendo com nada difícil. Não to podendo com gente. Nenhum tipo. Umas me enervam, outras me cansam e algumas me machucam. Evito-as. Tentando preservar a minha pouca sanidade restante. Falo pouco, quase nada. Não opino. Não discordo, tão pouco concordo. Me é completamente indiferente apenas. Seguro tudo, não externo nada. Tudo um breu. Mas não dá pra por pra fora, simplesmente porque é incompreensível. E para deixar de ser teria que ir mais fundo do que realmente estou disposta no momento. Eu apenas espero, espero que não verbalizar ajude a não tornar concreto. Espero passar. Uma hora tem. Uma hora a vontade volta. Vontade de qualquer coisa. Esperanças? Poucas, mas tem que ter, não da pra acreditar na danação total agora. Uma hora vai ser apenas TPM...

quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

Quem sou Eu?

Eu não me recomendo, carrego uma criança em mim que sempre olha a vida pela primeira vez, cheia de dúvidas e alguns temores, e rindo na hora indevida, que detesta se explicar. Carrego uma velha dentro de mim que não se encaixa, que é meio saudosa e nostálgica, que gosta de alguns sumiços esporádicos. há também uma moça, que se emociona com textos, que acha que uma música pode mudar o dia. Mora também um homem que é prático, tem acessos de objetividade e frases impacientes; meio genioso. em mim tem uma outra criança, esta mais sonhadora que a outra, mais ingênua que a outra, mais otimista ainda. Às vezes, eles todos se encontram e fazem uma reunião que me deixa confusa. Debatem o mundo, escrevem textos, trocam olhares entre si, gargalham demais em mim. mas vão aflorando aos poucos, quando cada qual quer, quando os fatos cotidianos influenciam, quando tudo conspira para que surjam. há tantos meus em mim que você nunca saberá por certo quem sou eu.

terça-feira, 6 de janeiro de 2009

Vende-se um coração



Sábado passado, eu estava jogando mau-mau com uns amigos, e no meio do jogo eu estava com apenas uma carta na mão, e para não me deixar bater eles jogavam o coringa e pediam um naipe que tinham certeza que eu não tinha. Coração. Sim, o certo seria Copas, mas ninguém lembrava o nome. Uma das meninas falou assim "Pede coração, porque ela não tem coração!". E ai veio a idéia, de postar um texto sobre 'porque é melhor não ter coração'.
Coração é assim: Só serve pra doer, se você não o tiver vai sofrer menos. É burro, só quer quem não deveria. É iludido, nunca pensa na realidade. É confuso, só bagunça a vida. É teimoso, sempre lembra do que deveria ficar esquecido. É lerdo, demora pra tirar alguém dele. É indeciso, sempre inventa de querer mais de um. É carrasco, adora fazer a gente sofrer. É metido, mete o bedelho onde não precisava. É inconveniente, nunca funciona como se gostaria. Viu... 10 razões pra se livrar dessa tralha. Muito melhor não ter um. Eu já botei o meu pra vender. Alias, alguém ai quer comprar? É baratinho.