sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

Desapaixonar





Revolta ou empolgação. Beira de precipício ou impulso para um vôo não planejado com ares bem sucedidos. Suor em excesso. Calores estranhos. Furacão na barriga. Sorriso débil. Palavras atropeladas, deliberadas. Sensações confusas, ambíguas, frenéticas, estranhas. Para alguns, o desafio em boa hora. Para outros, o medo, o velho e atroz medo. Deve estar pensando que estou falando de quando nos apaixonamos, não? Ledo engano. O assunto em voga aqui é desapaixonar. Coisa que também causa comoções controversas, boas e más, em quem acolhe o desprender de um sentimento.
Desapaixonar é uma sensação livre, mas nem por isso indolor. É página virada, novidade, desafio. Desapaixonar, muitas vezes, nos pega de assalto, nos deixa sem tato para a nova realidade, mas nem por isso é um momento menos gostoso, ou árido. E, porque não, desapaixonar é uma partícula da felicidade. Afinal, até pra ser feliz a gente tem que sentir dor e penar horrores a nosso favor.
Desapaixonar é assumir o controle das vontades. É olhar pra dentro de si. É tudo novo em folha. É libertador.

Um comentário:

Fernanda Chaves disse...

E não é que você tem razão?!