
Tão pouco parece transcender de mim, uma crise, dentro de uma marquise, enxergo a vida toda passar diante dos meus olhos límpidos, buscando uma razão na qual, no qual, em quem, no que, não sei dizer ou soubesse se não fosse racional, passional, paradoxal.
A angústia me convida para um chá, ela não sabe que eu não gosto de chá, eu queria era dar chá de sumiço nela, mas meus pensamentos, com atrevimento e todos os elementos, não conseguem chegar, achar, andar, nem sequer abraçar uma única circunstancia, nem ao menos que fosse pequena, nem rezando uma novena, minha prece e meu pedido, seria atendido.
Ele obriga-me a pensar que estou abatida, deprimida, comprometida, entorpecida de falsos apegos.
Alias nada ultimamente me atrai, tudo me trai, distrai, contrai, não me vejo com aquela garra, que agarra, as coisas e as pessoas com furor, como se fosse um abafador, mesmo que amador.
Posso dizer por vezes que faço drama, no entanto não consigo nem decifrar um anagrama, muito menos um cronograma, das minhas tão lúcidas idéias. Minha mente lembra um rodamoinho de idéias desconexas, que não se encaixam em lugar algum, sendo ele comum, incomum, assim causando um zunzunzum, enlouquecedor, que nenhum aconselhador do mundo seria capaz de espantar ou abrandar os fortes gritos aos meus ouvidos.
Vejo-me num dilema, num problema tão grande que não consigo nem concluir um poema, não tenho concentração para nada, coordenação então nem se fale, uma hora é a emoção que sussurra, mesmo eu não dando abertura e livrando – me dela com doçura, ela me persegue, não nada ou tudo e olha que nem precisa de muito estudo, para dar apenas um basta. Pôr ela se faz de casta e no fundo não passa de uma cineasta, achando que pode me ludibriar, com seu truque e mesmo que eu retruque, ela altiva parece me desafiar.
Aceitar? Eu jamais, nasci para a razão que por vezes na vida da gente é um azarão, quem se importa, eu não ligo para o coração, de fato eu deveria dar mais dimensão a isso. E não dou. Pode ser apenas saudades, apenas verdades, que me faz assim tão confusa, reunindo todas as minhas faces, sem sequer pedir minha autorização, criando uma alusão, demasiadamente sem nenhuma afeição.
Estou tentando mesmo que numa tentativa infundada, nessa caminhada, procurando meu espaço novamente na coerência. Mesmo tendo ciência, que o mundo não é um mar de flores e nem composto de amores, que nos leva a infindável reflexão, temos que ter atenção, para que a aflição, não nos corrompa.
Sou Ana, uma pessoa mediana, que não engana, não sou de porcelana, sou apenas humana,
Às vezes insana, mas neste mundo quem não é?
Ainda bem que tudo é passageiro, levo no meu bagageiro, mais uma experiência, sem abrir o berreiro, sigo apenas o conselheiro, que diz Vá em Frente!!
Sendo assim, por fim, o que há em mim?