sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

Vermelho.



De repente me deu uma vontade de você, Sim de você mesmo, parace não acreditar, mas é a mais pura verdade exclamada.
Vontade do vermelho que produz seus lábios, com sabor de belas frutas vermelhas ou o apimentado sabor de uma pimenta vermelha. Vontade do vermelho róseo que face tem quando envergonhado. Marcas avermelhadas por todo o corpo denunciando desejos, pernas e poder, na sua pretensão, nessa audácia em curvas cintilando a cobiça do teu olhar ofegante seduz ao fogo, sucumbindo-o ao coito como loucos, deliciando-se ao salivar sabor da mágica sutileza do vermelho. Ah vermelho simples cor primária, que encanta, arde, seduz, provoca. Sua tradução mais fiel seria vida, paixão, rubro, escarlate. Vermelho que pulsa nas veias, vermelho que bomba ar das respirações mais ofegantes provadas pelo intenso prazer. Vermelho que inflama num ramalhete de belas rosas, que apesar de seu nome Rosa, tem vermelho em sua essência, em sua alma. Assim como nós estamos cheios de vermelho pelo corpo todo, és tanto que podemos doar e até mesmo perder, jamais acabará, o Vermelho corre, multiplica, pulsa. Vermelho é traiçoeiro, engana, é infiel, iludi. Porque sabes que és apaixonante, que desperta, que conquista, de qualquer forma, chama a atenção, seja pelo ardor de seu fruto, pela sua casca que reluz, pelo seu pulso. Vermelho arranca suspiros , sorrisos e faces avermelhadas de raiva que consome por ter que dividi-lo, admirado por todos e provado por poucos. Vontade simplesmente de Você de VERMELHO.

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

O Urso e a Panela.


Um grande urso, vagando pela floresta, percebeu que um acampamento estava vazio, foi até a fogueira, ardendo em brasas, e dela tirou um panelão de comida. Quando a tina já estava fora da fogueira, o urso a abraçou com toda sua força e enfiou a cabeça dentro dela, devorando tudo. Enquanto abraçava a panela, começou a perceber algo lhe atingindo. Na verdade, era o calor da tina...

Ele estava sendo queimado nas patas, no peito e por onde mais a panela encostava. O urso nunca havia experimentado aquela sensação e, então, interpretou as queimaduras pelo seu corpo como uma coisa que queria lhe tirar a comida. Começou a urrar muito alto. E, quanto mais alto rugia, mais apertava a panela quente contra seu imenso corpo. Quanto mais a tina quente lhe queimava, mais ele apertava contra o seu corpo e mais alto ainda rugia.

Quando os caçadores chegaram ao acampamento, encontraram o urso recostado a uma árvore próxima à fogueira, segurando a tina de comida. O urso tinha tantas queimaduras que o fizeram grudar na panela e, seu imenso corpo, mesmo morto, ainda mantinha a expressão de estar rugindo.

Moral: Quando terminei de ouvir esta história de um mestre, percebi que, em nossa vida, por muitas vezes, abraçamos certas coisas que julgamos ser importantes. Algumas delas nos fazem gemer de dor, nos queimam por fora e por dentro, e mesmo assim, ainda as julgamos importantes. Temos medo de abandoná-las e esse medo nos coloca numa situação de sofrimento, de desespero. Apertamos essas coisas contra nossos corações e terminamos derrotados por algo que tanto protegemos, acreditamos e defendemos.

Para que tudo dê certo em sua vida, é necessário reconhecer, em certos momentos, que nem sempre o que parece salvação vai lhe dar condições de prosseguir. Tenha a coragem e a visão que o urso não teve. Tire de seu caminho tudo aquilo que faz seu coração arder. Solte a panela!

Autor: Desconhecido, recebi por email de uma pessoa querida.


domingo, 15 de fevereiro de 2009

Se todo mal fosse esse.




Se meus problemas fossem TPM eu dava piruetas, cantava, comia barras de chocolate e tudo estava ótimo! O problema é com o tudo e o nada! Tudo acontecendo e nada rolado! Respirando, respirando e respirando mais fundo pra aguentar aquele escritório. Suspirando, suspirando e suspirando e trancando o ar pra segurar o resto todo. E o nada, ah o nada tomando conta. Nada acontece, nada mais importa e nada mexe comigo. O nada das outras pessoas me deixando apenas com vontade de bater cabeças, inclusive a minha própria, na parede. Tanta, mas tanta picuinha. Tanta mesquinhez, que eu fico embrulhada. Lendo muito, não daqueles que te fazem pensar e se tornam aterrorizantes. Daqueles fáceis, bobos, que apenas fazem ocupar a mente. Os livros da série da Literatura Americana Convencional são ótimos. Já li todos, bons de ler, mas você não pensa em nada, não agrega nada, só ocupa e passa o tempo. Não to podendo com nada difícil. Não to podendo com gente. Nenhum tipo. Umas me enervam, outras me cansam e algumas me machucam. Evito-as. Tentando preservar a minha pouca sanidade restante. Falo pouco, quase nada. Não opino. Não discordo, tão pouco concordo. Me é completamente indiferente apenas. Seguro tudo, não externo nada. Tudo um breu. Mas não dá pra por pra fora, simplesmente porque é incompreensível. E para deixar de ser teria que ir mais fundo do que realmente estou disposta no momento. Eu apenas espero, espero que não verbalizar ajude a não tornar concreto. Espero passar. Uma hora tem. Uma hora a vontade volta. Vontade de qualquer coisa. Esperanças? Poucas, mas tem que ter, não da pra acreditar na danação total agora. Uma hora vai ser apenas TPM...