quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Des..."cobertas"!


Descobertas são feitas todos os dias... Às vezes nós as apreciamos, outras as detestamos... Outras ainda, passam desapercebidas...


Que tipo de descoberta agrega algo em nossa vida?
Descobertas de decepções, arrependimentos, angústias, conquistas, impulsos, estímulo, traições?



A cada batimento uma descoberta, a cada descoberta um desafio de superação e renascimento.


Quando o inverno bate à porta, nos "cobrimos" para não sentirmos o impacto da atmosfera gelada...
Assim acontece, quando temos medo do que está ao redor, nos cobrimos para não nos ferir, não testar a capacidade de auto-motivação e julgamento exterior.



Criamos uma espécie de armadura para auto-proteção.
Mas, somente sentindo o frio do inverno é que nos deliciaremos com o calor do verão.
O ouro passa pelo fogo ao ser testado... Uma temperatura também desagradável ao corpo humano.



Inverno... Fogo... É um paradoxo.


Mas, será que não é o momento de você se descobrir e, de se descobrirem em você?



Descobrir (Definição)

do Lat. descooperirev. tr.,
tirar a cobertura a;
destapar;
pôr à vista;
ver;
divisar;
revelar, denunciar;
achar, encontrar (coisa desconhecida);
notar;
apontar;
reconhecer;
inventar;v. int.,
clarear;
desanuviar-se a atmosfera;v. refl.,
tirar o chapéu da cabeça


domingo, 23 de novembro de 2008

Copo de Angústia

E era assim: uma festa exclusiva, que começou bem legal. Serviam-se todos os tipos de bebidas e a mesa estava sempre farta. A iluminação era ótima, ideal para todas as ocasiões, assim como as músicas que tocavam incessantemente e faziam um total sentido para a vida da pessoa que participava desta festa.

Lá estava eu.

Não entrava qualquer um. Era preciso um esforço para participar dela. Posso dizer que por méritos meus que estava lá! De lá não queria sair, e sabia que minha permanência não dependia só de mim. Havia uma pessoa conhecida em quem confio muito que determinava a minha permanência, ou não, nessa festa onde o convidado era tratado como uma pessoa especial e por isso merecia estar lá.

Pois bem, ao longo desta festa fui me comportando de maneira agradável (pelo menos foi assim minha auto-avaliação). Havia uma urna com alguns papéis do lado de fora e uma caneta para que eu escrevesse o que estava achando dela. Isso não era obrigatório, mas até então, a festa estava perfeita e tudo o que eu queria fazer eram elogios. Ao longo da festa fui anotando elogios e achei que fosse hora de depositá-los. Enquanto caminhava em direção à urna, percebi que já não haviam mais tantas bebidas variadas para se tomar e, como um passe de mágica, elas desapareceram do bar. A mesa, que sempre esteve farta, estava completamente vazia, mas não haviam vestígios que um alguém pudesse ter comido sem eu ter percebido. Não haviam migalhas sobre a mesa e nem no chão. Também notei a ausência da urna. Comecei a procurar a urna por todos os cantos.


Os meus passos, sem que me desse conta, estavam cada vez mais rápidos e as músicas que estavam tocando foram substituídas por outras. Músicas que não faziam nenhum sentido à festa e muito menos à minha vida. O medo de sair da festa já me controlava, mas mesmo com essas mudanças loucas em um piscar de olhos, sabia que algo de bom estava sendo preparado.


Eu tenho essa esperança!


De repente, a luz se apagou e tudo ficou em silêncio. Procurei por uma saída mas estava tudo muito escuro. Perguntei a pessoa que conhecia e que confio muito, o por que disso tudo. Ela simplesmente me respondeu que resolveu suspender a festa por um tempo indeterminado e me pediu para ficar em silêncio para ela determinar a continuação ou não da festa...


Eu sei que não sou obrigado a permanecer na festa.


Posso quebrar o silêncio pedindo o final dela... Mas eu não quero isso. Quero a alegria de volta!


Enquanto isso, eu permaneço no escuro e em silêncio esperando que a festa continue ou que a pessoa que eu confio muito, peça minha saída...


Escrito por Jônathas Gondim Rios em Sexta-feira, 05 Setembro 2008
E então...

Perfil


Caminha placidamente entre o ruído e a pressa. Lembra-te de que a paz pode residir no silêncio.

Sem renunciares a ti mesmo, esforça-te por seres amigo de todos.


Diz a tua verdade quietamente, claramente.


Escuta os outros, ainda que sejam torpes e ignorantes; cada um deles tem também uma vida que contar.


Evita os ruidosos e os agressivos, porque eles denigrem o espírito.


Se te comparares com os outros, podes converter-te num homem vão e amargurado: sempre haverá perto de ti alguém melhor ou pior do que tu.


Alegra-te tanto com as tuas realizações como com os teus projectos.


Ama o teu trabalho, mesmo que ele seja humilde; pois é o tesouro da tua vida.


Sê prudente nos teus negócios, porque no mundo abundam pessoas sem escrúpulos.


Mas que esta convicção não te impeça de reconhecer a virtude; há muitas pessoas que lutam por ideais formosos e, em toda a parte, a vida está cheia de heroísmo.


Sê tu mesmo. Sobretudo, não pretendas dissimular as tuas inclinações. Não sejas cínico no amor, porque quando aparecem a aridez e o desencanto no rosto, isso converte-se em algo tão perene como a erva.


Aceita com serenidade o cortejo dos anos, e renuncia sem reservas aos dons da juventude.


Fortalece o teu espírito, para que não te destruam desgraças inesperadas.


Mas não inventes falsos infortúnios.


Muitas vezes o medo é resultado da fadiga e da solidão.


Sem esqueceres uma justa disciplina, sê benigno para ti mesmo. Não és mais do que uma criatura no universo, mas não és menos que as árvores ou as estrelas: tens direito a estar aqui.


Vive em paz com Deus, seja como for que O imagines; entre os teus trabalhos e aspirações, mantém-te em paz com a tua alma, apesar da ruidosa confusão da vida.


Apesar das suas falsidades, das suas lutas penosas e dos sonhos arruinados, a Terra continua a ser bela.


Sê cuidadoso.


Luta por seres feliz.


(Inscrição datada do ano de 1692. Foi encontrada numa sepultura, na velha igreja de S. Paulo de Baltimore - hoje já não se pensa que seja esta a origem, mas assim é mais bonito...)

sábado, 22 de novembro de 2008

Autonomia

O surgimento da individualidade implica não somente em deixar a infância para trás, mas também enfrentar e combater as forças do mundo e de nós mesmos que são regressivas, destrutivas, estagnantes e avessas a lidar com os limites da vida terrena.

Essa batalha pela autonomia é um rito de passagem que todo jovem enfrenta - e pode ter que ser travada muitas vezes, em muitos níveis diferentes, da adolescência á casa dos 30 ano, até nos sentirmos confiantes, reais e com mérito suficiente para expressar o que somos da maneira mais positiva e criativa. Não há como trapacear nesse rito de passagem.

Ele pode ser sutil, assumindo formas que não reconhecemos imediatamente como um campo de batalha; mas, se tentarmos nos esquivar do desafio da autonomia, permaneceremos eternamente imaturos e vulneráveis, com nossas frágeis defesas sujeitas a serem destroçadas pela menor decepção na vida.




Frase do post: Quando não se vê uma solução aparente, pensamos somente em encontrar uma luz no fim do túnel e não observamos que esta luz que buscamos, talvez esteja percorrendo o mesmo caminho que nós.




domingo, 16 de novembro de 2008

Buscar a perfeição

"É melhor o imperfeito feito que o perfeito não feito."
- Aldo Novak -

Quantas vezes não fazemos o que podemos fazer somente porque "não ficará perfeito?". Milhões de pessoas poderiam criar mudanças positivas em suas vidas, e nas vidas dos que estão ao seu lado, simplesmente aceitando o fato de que a perfeição é um conceito ótimo para ser perseguido, desde que você entenda de que ele é absolutamente inatingível.
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Faça. Faça agora.
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sexta-feira, 7 de novembro de 2008

Pensando com os botões.




Aquela velha expressão, quando uma pessoa te pergunta, o que esta fazendo? Estou Pensando com os meus Botões, é mais do que verdadeira.

Já imaginou se seus botões falassem??? Minha Nossa!!! Os meus escreveriam inúmeros livros e seriam imortais na ABL. E também seria condenada por vários crimes profanos. Meus botões, ai meus botões, o quanto eu os sacrifico com meus pensamentos levianos e banais, alias acho que não só eu, a maior parte das pessoas, enfim quem não pensa com seus botões todos os dias, no trajeto silencioso de algum lugar, num comentário maldoso por ter visto aquela mulher do trabalho que não tem a mínima noção de moda, ou se passa um gato ao seu lado e você pensa com seus botões, ai se eu tivesse um desse. Seus botões são mais do que seus amigos, seus botões são cúmplices. Tenho andado pensado muito com eles, nem queiram saber. Ontem centro de São Paulo, 15h de uma tarde quarta – feira, calor, sol, muita gente, ia encontrar com um amigo no shopping, antes para matar a sede ou talvez a ansiedade, entrei num estabelecimento e a moça do balcão muito educada me pergunta:

- O que vai querer moça

- Um suco de açaí, por favor.

- Hum, não tem açaí moça, mas tem Del Valle

Juro que por um momento único e com meus botões, tentei perceber qual seria a associação que aquela mulher fez entre o açaí e uma marca de suco, mas tudo bem, meus botões pareciam murmurar em meus ouvidos, Não seja implicante Ana, não mencionei o fato de os botões também se manifestarem, pois é meus caros, aquela voz interior que muitas vezes você finge que não escuta, pode ser um botão intrometido. Depois disso comecei a desafiar as leis da física principalmente aquela que diz que dois corpos não ocupam o mesmo lugar e também a lei da gravidade, bolsa pesada, livros em um braço, fone de ouvidos, o troco do meu pedido que não foi nem um açaí tão pouco um Del Valle, com o copo de Mate nas mãos tentando me equilibrar, eis que começa a tocar : Toca’s Miracle, sim era meu celular, alias um toque bem a calhar, simplesmente o copo de Mate pulou de minhas mãos, por um momento parecia ter visto aquele salto em jogos coletivos nas olimpíadas, entre aquele curto e milimétrico espaço entre minha mão e o chão, eu o vi se ajeitando para que pudesse respingar em mim o Maximo possível. Com um suspiro inquietante, pensei: a confiança me deve um Mate, não que ela só me devesse isso, pelo contrario é uma caloteira de marca maior. Peguei meus botões eu fui até o shopping encontrar meu amigo, cheguei com aquela chama da esperança acessa, esperando que ele fosse me convidar para uma super festa, uma baladação, ou qualquer coisa agradável, ele queria apenas falar de trabalho, penso que quando não estamos trabalhando, falamos sobre trabalho a maior parte do tempo, que tédio.

Peguei meus botões e fui fazer compras, pelo menos eles escutam todos os meus anseios sem reclamar. O que seria de mim sem meus botões???